sábado, 12 de janeiro de 2008

Saudade de te ter a meu lado

As estrelas brilham
Num céu que está escuro,
Por ti todas as noites eu procuro,
Mas na minha face nem as lágrimas ficam...

Sinto um enorme pesar,
Neste meu destroçado coração,
Que apenas pede por ti,
Nesta minha louca paixão.

Que saudades de ser criança,
Em que nada me pesava,
Ninguém me odiava,
E não me doia o coração.

Ser criança é tão puro,
É estar longe da dura realidade,
É sem saber porquê, ter felicidade,
Essa que hoje, com sofrimento procuro...

Nas noites me refugio,
Da dura realidade que me atormenta,
A sombra, essa nem acenta,
De tanto eu procurar.

Seres frios e negros,
Passam por mim com desprezo,
Num canto frio e ileso
Fito-os eu, com alento,
Sozinho, mas atento.

Esses meus eternos companheiros,
Sombras e fantasmas de mim mesmo,
Medos e dúvidas que comento
E assolam meu pensamento.

Criaturas hostis
Que param diante mim,
Me fitam em tristeza,
Eles também sozinhos
Percebem em beleza,
O que me faz, estar assim.

Como eu os percebo
Por também estar em solidão,
Sentir-me invisível,
Com este senão...

Esta dúvida que me atormenta,
Se a felicidade a mim estará destinada,
Será que alguém aguenta,
Esta falta da amada.

Eu diria que não,
Uma poça de choro jaz no chão,
Outra de sangue faz senão,
Que mostrar o meu sentimento por ti.

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