quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Eliminei a Luz

Não há nenhum beijo
Que consiga quebrar o feitiço
Estou congelado para sempre
O meu coração
Está despedaçado
Eu eliminei a Luz
Agora está tudo escuro
Só as estrelas brilham
E mesmo elas
Um dia irão cair
E então tudo
Estará acabado...

domingo, 20 de janeiro de 2008

Vampiros Alienígenas

Vampiros alienígenas
De olhos negros e profundos
Dentes aguçados
Todos ensaguentados
Há banquete
Corpos humanos
Frios e mutilados
Formam-se rios e lagos
De muco e plasma
Fetos boiam
Mães moridundas gritam
Em agonia
Doce e fria
Todos condenados
A uma dor eterna
Sugadores de sangue
Amontoam-se em festim
Para uma preciosa refeição
Que ternurento encontro
Entre os seres mais trevosos
Da escuridão
Sedentos
Por sangue
Dor e sofrimento
Sugadores de sangue e não só
Sugadores até da dor mais atroz
A dor mais horrível que um humano
Pode suportar
É divertido
É saciante
Venham seres das trevas
Criaturas holocausticas
Para derramar mais sangue
Neste vale de mutilação
Onde dor é emoção
E sangue
Como água saciante..

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Olha para mim

Olha para mim
Faz-me recordar
Abraça-me
Agora sim
Recordo-me
Foi especial
Foi como um canto para o meu coração
Eu lembro-me
Vejo em minha memória
Esses momentos
Felizes
Únicos
Especiais
Quando olho para estrelas
Sinto que tudo é possível
Estar contigo
Outra vez
Como antes
Abraça-me
Mais nada importa
Só os dois
Para sempre

Confia

Não há nada que temer
A realidade abraça a fantasia
Vais ficar bem
Eu prometo
Concentra-te apenas
Confia em mim

Isto é um sonho
Para mim e para ti
Isto não é a realidade
Ilusões,
Estão elas por todo o lado
Eu espero por ti
Dá-me a mão
Não há pressas
Confia,
Vamos..os dois!

Sofro

Sofro
Se estou longe de ti
Sofro
Se estou perto
Pois não consigo dizer o que me vai no coração
Sinto e sofro
Só estou bem onde não estou
Se estou indo sem saber
Para onde vou
Pois contigo sofro
Sem ti também
Apenas sinto
E sofro

Nunca me senti assim

Nunca me senti assim
Desde o dia em que te vi
E quero me sentir assim outra vez
Foste enviada lá de cima
Um pedacinho de céu

Estás por aí algures
Perdida
Eu te procuro
Eu te desejo
Cheio de paixão
És a minha estrela brilhante

Quero voltar a ter
O que de certa forma perdi
Quero voltar a ter
O que de certa forma preciso
Espero por esse dia
Algures no tempo e no espaço
Quero a ti
Um beijo, um abraço...

Levem-me de volta
Para algo que de certa forma amei
Levem-me de volta
Para algo que de certa forma preciso
Algures, por aí..
Só sei que preciso,
De ti..

Eternidade sem Sentido

Para que preciso da eternidade?
Basta um momento contigo
Um só momento
Um momento especial
Do que uma eternidade
Solitária e triste
Fria,
Em dor e agonia
Para que preciso do tempo todo
Se não posso usá-lo contigo
Para que preciso?
Já nada faz sentido
Sem ti...

Um sonho

Eu tive um sonho a noite passada
Tu estavas lá
Agarraste a minha mão
Com força
Eu apenas pensei
Morri
Lembras-te?
Quando nos divertíamos imenso
Eu também chorava às vezes
Esses dias acabaram
Lembras-te?

Eu quero voltar
Para aqueles dias
Em que estávamos juntos
E nos divertíamos
Quando eu penso
E acredito nisso
Eu acredito que consigo voar
Tão alto
Até às estrelas

Eu preciso que fiques
Fica!
Vem e fica!
Comigo...

Amizade

Estou sozinho: Tenho a ti
Estou perdido: Tu guias-me
Deixaram-me à chuva: Tu abrigas-me
Não sei para onde caminhar: Tu vens me ajudar
Contigo vou encontrar a felicidade
Simplesmente porque tenho a tua amizade
Por favor
Não me deixes
Não te afastes
Somos amigos
És especial para mim
Porquê?
Eu sei que é assim
Até na escuridão
Podemos encontrar um pouco de luz
Não há que recear
Eu vejo essa luz
Dá-me a mão
Vamos voar!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Nojo de ser humano

Tenho nojo de ser humano
De pertencer a este mundo insano
Onde a humanidade fede
De hipocrisia, falsidade,
Todos fogem da verdade
Com medo da dura realidade
Que os enfrenta e atormenta
Estou de luto pelo mundo
Pelas pessoas e por aquilo
Em que me estou a tornar
Não consigo mais suportar
Esta cova de mentiras
Onde se enterram inocentes
Para os calar...
Há que rebelar
Atacar
Entrar a matar
A ganância
Com que roubamos o nosso Lar
A terra, nosso altar
Lugar sagrado
Precioso e raro
Que andamos a mutilar
Saquear ao máximo
A sensação de superioridade do género humano
Sobre os outros seres
Dá-lhe a irracional ilusão
De que podemos dispor
Matar, massacrar até ao último ser que encontrar
Florestas queimar
CAPITALISMO para a rua
RACISMO, NAZISMO temos de matar
O tempo de matar chegou agora
É altura de rebelar
Contra injustiças
O buraco
O cancro do mundo
Num mundo de tolerância zero
Mata-se por injustiça
Que se mate agora então
Contra este cancro
A própria humanidade
Que na sua insanidade
Pensa imperar
Sobre tudo e todos
Sobre aquilo que o sustem
Mas que não mantém
Por egoísta consumismo
Não posso mais
Não consigo aguentar
Ver este mundo assim
Injusto
Nojento e sujo
Sem entrar
A matar...

Morte aceita-me

Morte aceita-me, toca teus lábios nos meus,
Tão frios...
Ajoelha-te perante mim para me receber
Sinto-te a meu lado como que um arrepio gelado, pois a atmosfera está fria, já nem sinto agonia ou desespero.
Sim estás perto, quase me tocas, ajuda-me a passar para o outro lado, para os teus domínios.
Estou sozinho abandonado, a voz não saí, a minha última lágrima cai e deixo-me ir...
O mundo é cinzento, mas agora vejo cores, sinto amor e odores...
O odor da morte não é o que seria de esperar, é como um campo de flores silvestres no rebentar da primavera, espinhosas letais mas cheirosas...
A morte é um anjo frio, distante e misterioso também ele esperançoso, por um dia me vir buscar.
Por agora fico como espectro negro entre dois mundos, o da vida e da morte, mas que sorte sentir o mundo da realidade e fantasia abraçarem-se num eterno beijo que agora eu vejo.
Morte, trás ao mundo dos vivos a fantasia que lhe falta, a calma, a paz que enche o coração mas que não me tira a dor, a solidão.
A vida é cinzenta e egoísta, a morte é calma e negra, a paz que quero encontrar só quando ela me abraçar, beijar...um beijo frio que me suga a alma, um último suspiro (de adeus) um último momento consciente pois sofrer é viver, morrer é diferente.
Sinto frio, é ela a abraçar-me e dizer-me para ir, não posso resistir a esta sua tentação, me entrego com emoção e feliz sinto sua chegada.
Porque temem a morte?
É a vida que nos mata!
A morte recebe-nos do abandono e desamparo, para o descanço final e aqui eu comparo a um anjo que nos recebe, mas ninguém percebe...

Dá-me a mão, vamos voar

Dá-me a mão
Deixa-me,
Lhe pegar
Sentir-te
Nem que seja assim
Olha também para mim
E fixa teus olhos nos meus
Para mergulhar
Pela sua imensidão
Sentir o ardor da paixão
Que eu sinto por ti

Agora de mãos dadas
De faces encostadas
E asas esticadas
Vamos voar
Por aí...
Não importa onde
Desde que seja contigo
Vamos nos esconder
Em qualquer abrigo
Longe de tudo
E de todos
Só preciso de ti
Desde que estejas assim
De mãos dadas
E ambos
De faces,
Encostadas...

Céus Negros

Céus negros
De anjos caídos,
Eles fugidos,
De injustiça e submissão.

Nenhum deus é mais cruel
Que o próprio deus...
Cria filhos que são seus,
E os faz sofrer,
Num abismo como a terra
Deixando-os perecer.

Na sua impenetravél divindade
Compreensão ou crueldade,
Distância se faz fazer,
Entre um criador e suas criaturas
Cheias de amarguras,
Isto sem saber,
Que a eterna Saudade,
Nossa cruz e lealdade
Tem de se fazer.

Tem de se cumprir
Não há como fugir,
Deste escravo destino
Tocado ao som do violino,
Que eu não escolhi,
Tenho de o seguir
Mas enfim...
Nem todos podem ser felizes
Cada um tem suas raízes,
E as minhas vêm da escuridão...
Das trevas, é minha paixão,
Com este senão
De ser revolucionário
Por querer o contrário,
Mas que sigo com coração.

Um sofrimento só meu

Um sofrimento só meu...

Porque não podemos ser como duas crianças a passear de mãos dadas numa eterna alegria de viver, sem nada temer...
A perda, a solidão e o sentimento vazio de não te ter a meu lado.
Em que as noites parecem mais frias e escuras...
Onde um beijo teu, um carinho na minha face, um olhar faziam resplandecer o meu coração trespassado pelo meu sofrimento.
Um sofrimento só meu...
Uma incompreesão tão dolorosa.
Eu quero voltar a ser criança,
Onde risos se fundem com flores de Primavera e onde o Sol brilha aquecendo as nossas faces de alegria e esperança.
Há muito que perdi a capacidade de chorar,
O meu coração esfriou, mas continuo a amar,
Um sentimento de sofrimento que não consigo terminar.
Sinto-me caído do céu,
Mas não tenho asas,
Apenas as lágrimas me denunciam,
Um sofrimento...
Serei algum dia compreendido?Amado?
Tudo à minha volta está escuro,
Só ao longe vejo algumas estrelas a brilhar,
Se ao menos fosse uma lágrima tua...apesar da minha curta existência,
Percorreria a tua face e tocaria teus lábios.
Faz-me acreditar que ainda é possível sonhar,
E tornar meus sonhos em realidade,
Num mundo diferente...

Num mundo diferente, feito de ilusões
Num mundo diferente, onde podemos amar-nos
Num mundo diferente, baseado nas emoções
Num mundo diferente, onde reinam mistérios
Num mundo diferente, da tua imaginação
Num mundo diferente, onde o amor é possível
Num mundo diferente, sem gravidade
Num mundo diferente, feito de paixão
Num mundo diferente, onde se perdeu a realidade...
Onde se perdeu a realidade...
Onde tudo é possível...
Fala-me dos teus sonhos...
Fala-me do teu mundo...
Para que eu possa perceber o que diz o teu olhar...
Eu quero chorar, mas já não saiem lágrimas,
Geladas pelo meu coração,
Duro de solidão...
Onde a noite e a escuridão são minhas eternas companheiras...
Refugio-me nas noites frias de Outono,
Onde as folhas caiem...
Onde a natureza se recolhe em aparente tristeza,
Mas em que o Sol da Primavera devolve-lhe a alegria e todo o esplendor...
O meu coração também precisa do calor do teu olhar para resplandecer de alegria, para que as minhas lágrimas possam cair mais uma vez, mas de carinho e esperança...
De um dia ser feliz a teu lado...
Num mundo onde a fantasia e ilusão superam a dura realidade...
Onde todos são felizes ao lado daqueles que amamos...
Que eu possa ouvir a tua voz por uma última vez...
Tu tornas a minha vida numa rosa onde os espinhos se tornam suportáveis...
Meu querido anjo, diz-me se um dia serei capaz...

Perdido pelas sombras

Estou perdido em desespero
nesta cova no meio do escuro
no meio do nada
nesta minha nova morada
minha eterna morada
deus me abandonou
neste lugar frio e distante
onde flores morrem sobre estes céus cinzentos
em que as minhas lágrimas
são sua única fonte de vida e sustento
neste mundo sem cor
repleto de dor
de carinho e amor
minhas lágrimas formam riachos, rios e oceanos
não podem ser enchutas nem com panos
ou secura deste mundo cruel
onde até os mais lindos anjos
choram em agonia triste solidão
onde a falta de amor e calor
nesta vida fria
a mim faz sofrer
de tanta incompreensão.
Choro pela humanidade
em que ninguém quer saber da verdade
nem tão pouco de cor
cheia de sabor
onde só o amor
me dá tamanha felicidade
quero estar a teu lado
e poder te abraçar
sentir o teu cheiro
neste lindo sonhar
que é sermos felizes como conto de fadas
que ouvia em criança
nessa altura cheia de sonhos, esperança...
mas que tamanha inocência
ou precoce demência
por em tantas falsas verdades acreditar.
Ao som do violino
vejo o meu triste destino
sem mais acabar
mais ainda terei de chorar
para poder aguentar
neste escuro abismo.
Que saudades dos tempos em que sorria,
abraçava e podia
sentir o carinho de alguém
o amor de uma mãe
que ama o seu filho.
Eu rezo,
eu vejo,
eu sofro,
eu chamo,
eu caio,
eu sinto,
eu morro por ti.
Dá-me só uma oportunidade para te fazer feliz
como sempre quis
meu amor
neste mundo sem cor
onde só te tenho a ti.
O violino canta como choro do meu coração
onde lágrimas tocam melodias de paixão
e ritmam as dúvidas que tenho em questão.
Questões essas
que guardo em minha pele
cortada de saudade por ti
que acabou minha felicidade
e que agora só avista solidão.
Dor e desespero
por sonhos que se tornaram erro
e que hoje me fazem sofrer por não te ter.
Rosa bela e espinhosa
é como a vida enganosa
em que uns nascem em pétalas
e outros em espinhos
feridos pelo destino
má sorte a vida lhes fez chegar
o que a sorte não foi encontrar
e parece não ver caminho.
À chuva me deito
e assim aproveito
suas caricias e deleito
me faz recordar
o que me fizeste passar
naqueles dias só para nós
me arrasto com minha própria cruz
aquela da minha criação
estou perdido em desespero
estou perdido e abandonado
por mim, para morrer em solidão.
A luz divina que me cega hoje
um dia irá falhar
luz cega de justiça
mas que por vontade de conquista
por nossa obediência e submissão
diz ser por amor e coração.
Estou a perder minhas emoções
já não me comovem paixões
nem tão pouco aqueles que por sofrimento choram
pois um dia também já sofri
e agora morri
para nunca mais levantar
desta cova tão pequena
mas que já me parece amena
de o mundo lá fora tão frio estar
quero nunca mais acordar
desta minha sentimental congelação
onde pareço não ter mais coração
e assim ninguém me pode ferir, desiludir.
Por vezes só me apetece fugir, desta vida...

Perdido na escuridão

Perdido na escuridão
de um lugar frio e gelado
Sem ninguém a meu lado,
Todos aqueles que eu amei,
Amei sozinho...
Neste lugar onde os mortos vagueiam,
Eles não me esquecem
E até se aborrecem,
deste lugar tão mórbido e esquecido,
Sem cor e abrigo
Eu estou perdido, em desespero
Doí-me cá dentro
Não sei se aguento,
Esta dor que me fere o coração
Já nem sinto emoção,
Meus sentimentos morreram
Os céus estão cinzentos
As flores perecem
Correm rios de sangue
Chovem lágrimas de dor
Neste mundo de horror
Sem ti meu amor
Não sei mais como aguentar
Eu quero sonhar
Para este pesadelo esquecer
Ou então terei de morrer
Para vaguear como meus amigos
Cabisbaixo e sombrio
Por sepulturas e lajes
Para eternamente dizer as frases
Que dizem em agonia
Numa voz doce e fria
Que preciso de ti, agora e sempre...

Estou num buraco sem fundo

Estou num buraco sem fundo
Neste estranho submundo
Onde me encontro em agonia
Que atmosfera tão fria
Dolorosa..
Ouço os mortos a sussurrar
Na sua triste e lenta decomposição
Alguns espectros que por ali passam
Ou simplesmente
Se encontram presos ao seu corpo
Sentem essa dilaceração
Onde larvas fazem festim
Eu não as culpo
Que lugar tão calmo
Ou aparentemente está
Mas no subsolo
Fernesim há
Mais à noite
Criaturas etérias e frias
Umas disformes outras esguias
Flutuam pelas campas
Umas pequenas outras amplas
Mas sempre escuras
Onde se escondem
Duras, realidades...
Aqueles que já partiram
Mas que serviram
De testemunho para os que deâmbulam cá
Paz, não há
Mas sim solidão
Com este senão
De espectros que nos observam
Outros que desesperam
Com seu triste olhar
De quem deseja estar
Num paraíso prometido
Ainda não esquecido
No coração daqueles
Que um dia querem estar.

Todas as noites

O meu mundo ficou negro
De solidão
Onde a ausência
De paixão
Lhe roubou toda a cor
Para os meus olhos
Para o meu coração
Meus sentimentos
Esses, morreram...

Clamo por ti
Todas as noites
Com esperança
Que a lua me oiça
Que as estrelas
Me indiquem um caminho
Não posso ir sozinho
À tua procura
Sei que isto perdura
E irá continuar
Até novamente cruzar
Teu olhar
Poder te beijar
Aquecer os meus lábios
Que há muito fecharam
As lágrimas essas...
Não secaram
E meu coração congelou
O tempo parou
O universo transmutou
E tudo em mim
Deixou de fazer sentido
É o destino
Ó triste destino
O que ele me reservou
O tempo
Tudo levou
E eu não sei mais
Onde te procurar...

Numa noite de reflexão

Numa noite de reflexão
Olho com atenção
Para as estrelas
Que dançam pelo espaço
Penso em ti
Preciso de um abraço
De estar contigo
Isto digo
Com paixão
Sei que o amor
É o que move o mundo
E este é bem profundo
Verdadeiro
Não vejo cor sem ti
Acho que te perdi
E eu também perdido
Por meus pensamentos
Horrendos e frios
A solidão já aperta
O que a ausência de amor desperta
E fere o meu coração
Pétalas caiem com minha tristeza
E vejo com beleza
O seu último suspiro
A cor a desaparecer
O espinhos a endurecer
É uma rosa
Antes a mais bela
Mas agora na escuridão
Nas trevas
Mais linda que nunca
Agora percebo
A sua beleza
O seu encanto
A gentileza
O seu manto
De mistérios
Meus olhares sérios
Mostram meu fascínio
Por essa rosa
Linda e delicada
Que precisa de ser acarinhada
Para novamente
Poder florescer
Mas já só quero morrer
Para poder ter paz
Quero ser feliz
Como sempre quiz
Nesses sonhos
Nesses pensamentos
Aparecias tu
Uma cara turva
No início
Uma sombra
Que foi aperfeiçoando
Com as horas passadas
A imaginar
Como seria eu
E a quem amar
Até que te encontrei
Quase me assustei
Quando me deparei
Com tão misteriosa realidade
O amor dos meus sonhos
Ali
Ao pé de mim
Pensei, num lapso de tempo senti
Imaginei e vi
Que eras tu
Quem eu tanto ansiava

A dúvida persistiu
Como ninguém viu
Se esse sonho se tornaria
Alguma vez, realidade
Se seria possível
Tamanha felicidade
Mas em verdade
Duvidei
Sei que errei
Mas te procurei
Com a esperança e força
Que só o amor
Pode criar
No coração de alguém
Que arde por amar
Como eu sinto
O que sinto, por ti...

†Espectros†

Espectros me ferem,
Com a sua triste beleza,
Parados na escuridão,
Sozinhos e sem defesa.

Vejo-te em cada sombra,
Em que paro o meu olhar,
Será falta de alento,
Ou vontade de te fitar.

Os teus cabelos longos e negros,
Caiem até ao chão,
Frio e molhado,
De tanto choro e solidão.

A tua boca delicada,
Meu anseio e paixão,
De tocar nos meus
Os teus lábios, que aquecem meu coração.

Os meus olhos negros e profundos
Mostram o vazio em mim,
Vazio esse, que não tem fim...
Do tamanho do amor,
Que tenho eu, por ti.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Lajes...frias lajes

Lajes, meu conforto e apoio,
Neste cemitério tão calmo e sombrio
Onde passo horas a fio,
Consigo sentir paz e descanso,
Onde inimagináveis inspirações eu alcanço,
Ao contemplar a casa dos mortos.

Mortos dizem eles
Que não conseguem alcançar,
Mais que a vista pode oferecer,
Mas eu que os sinto
A meu lado,
Digo com regalo,
A companhia que eles me estão a fazer.

Sussuros de encantar,
Pedidos para ajudar
Gritos e gemidos às vezes,
E eu tento não ligar,
Mas comovido pelo sofrimento e solidão,
Lá vou eu dar uma mão,
Ou palavras de conforto.

Àqueles que foram esquecidos,
Pelos outros frios e egoístas,
Mais mortos que estes que jazem aqui,
Em que eu sou testemunha
Da sua incompreensão,
Abandono e solidão.

À noite, este lindo local ganha vida,
Criaturas etérias e cabisbaixas
Deâmbulam pelas sepulturas,
Suas últimas moradas
Frias e nuas,
Mas que serão suas, para a eternidade.

Perdido neste local,
Onde a fantasia e a realidade se abraçam,
Num eterno mistério,
Numa eterna Saudade,
Por aqueles que já partiram.

Mas que nos assombram dia após dia,
Noite após noite,
Com as suas palavras,
Com o destino mais certo,
Desta eterna morada.

Onde larvas fazem crepitar
Como fogo que corrói até ao último pedaço,
Àqueles em que um abraço,
Último desejo, seria de esperar.

Vocês que me compreendem,
Por eu estar mais morto que vivo,
Por ansiar tanto vossa morada,
Seja aqui, ou à beira da estrada,
Apenas paz quero encontrar.

Esquartejado por amor
Onde a ausência de sabor,
Me fez vir ter aqui,
Onde vocês compreendem a mim,
Por estar como outros, tão só...

Amor, fogo e paixão,
Deixam este senão,
De verdadeiro será possível?
Eis a pergunta...
Eis a questão...
Que me assola o coração,
Que palpita em sofrimento,
Mas eu, cá me aguento...

Sabendo ter a possibilidade
De alcançar outra eterna verdade,
De a morte ser quase certa,
Onde violinos tocam em paixão,
Para me receber em alegria
Depois de tanta incompreensão,
Por aqueles que me deviam amar,
Num mundo negro de egoísmo
Superficialidades e ganância,
Apenas aguardo com ansia,
Essa certa morada
Um dia, chegada,
Quando menos esperar.

Ó Anjos caídos,
Vocês que por desilusão,
Mentiras ou submissão,
Que os céus vos obrigaram a aguentar,
Decidiram partilhar, esse sofrimento...
Num mundo onde se podiam refugiar.

Deus é tão cruel
Por deixar as suas criaturas assim sofrer,
Por fingir não estar a ver,
Onde devia auciliar,
Dar um pouco de paz, ajudar...
Ele que diz que todos devíamos amar,
Mas que por negligência assim, não o faz.

O amor não atraz
Nem a compaixão por tão belas criaturas,
Serei eu como deus
Incompreendido e não amado?
Será que ele apenas, sonha ser desejado?
Como outro que cruelmente foi abandonado?...
Talvez sim...
Talvez não...
Digo isto com coração,
Esperança talvez,
Mas não mais uma vez.

Me deixo aqui
Morrer em agonia,
Onde a vida parece mais fria,
Nem calor nos lábios sinto...
É verdade, eu não minto,
Perante esta minha, solidão.

Humanizem-me como os outros
Que se contentam com tão pouco,
Onde mentiras e ilusão,
Lhes enchem o coração,
E não vêm, a verdadeira felicidade.

Aquela que apenas me falta,
Mas que é tudo para mim,
Que era ter te assim,
Encostada a meu lado...

Saudade de te ter a meu lado

As estrelas brilham
Num céu que está escuro,
Por ti todas as noites eu procuro,
Mas na minha face nem as lágrimas ficam...

Sinto um enorme pesar,
Neste meu destroçado coração,
Que apenas pede por ti,
Nesta minha louca paixão.

Que saudades de ser criança,
Em que nada me pesava,
Ninguém me odiava,
E não me doia o coração.

Ser criança é tão puro,
É estar longe da dura realidade,
É sem saber porquê, ter felicidade,
Essa que hoje, com sofrimento procuro...

Nas noites me refugio,
Da dura realidade que me atormenta,
A sombra, essa nem acenta,
De tanto eu procurar.

Seres frios e negros,
Passam por mim com desprezo,
Num canto frio e ileso
Fito-os eu, com alento,
Sozinho, mas atento.

Esses meus eternos companheiros,
Sombras e fantasmas de mim mesmo,
Medos e dúvidas que comento
E assolam meu pensamento.

Criaturas hostis
Que param diante mim,
Me fitam em tristeza,
Eles também sozinhos
Percebem em beleza,
O que me faz, estar assim.

Como eu os percebo
Por também estar em solidão,
Sentir-me invisível,
Com este senão...

Esta dúvida que me atormenta,
Se a felicidade a mim estará destinada,
Será que alguém aguenta,
Esta falta da amada.

Eu diria que não,
Uma poça de choro jaz no chão,
Outra de sangue faz senão,
Que mostrar o meu sentimento por ti.

†Lágrimas traduzidas em palavras†

Vivo num lugar
Onde o frio gela o meu coração,
Onde seres fantasmagóricos murcham a mais bonita flor,
Neste mundo tão cinzento
Isento, de paixão,
Onde se me cai, mais uma lágrima no chão.

Só o amor para mim vale a pena,
E esse amor só tu me podes dar,
É frio estar sozinho, neste mundo tão cinzento
Sem o teu carinho eu já não aguento.

Sou uma rosa vermelha,
Ou uma rosa branca tingida de sangue,
A dor, o sofrimento me afligem,
Ao som do violino caiem minhas lágrimas,
Umas lágrimas sentidas mas que caiem sem eco.

Olho pela vidraça
Vejo a lua, minha eterna e fria companheira
De noites a fio a pensar, se neste mundo real,
Ausente de fantasia e esperança,
Alguma vez seremos felizes...

Nas noites frias de inverno,
Me deito com meus pensamentos,
Ó mórbidos pensamentos...
Em minha solidão.

Pelas ruas deâmbulo,
À procura de uma esperança,
Uma luz, neste mundo de sombras
Onde seres trevosos me sussuram aos ouvidos.
Que incompreensão tão grande...

Seres caiem dos céus
Em agonia e desespero,
Sonhos que pensei serem meus,
Serão na verdade um grande erro.

Onde estará a felicidade?
Pergunto eu...
Eu sei aquilo que queria meu,
Mas talvez prefira não saber a verdade.

Ó queridos Anjos,
Não chorem mais por mim,
Vocês que caiem dos céus com o nosso sofrimento,
O mundo sofre e tem de ser assim.
Se ao menos pudesse ser como vocês,
Conseguir voar mais alto,
Tocar quase as estrelas
E pegar uma, para iluminar este mundo tão sombrio...
Ó Anjos, sinto-me tão vazio.

Esse era o meu desafio,
Poder chegar mais além,
Onde foi mais ninguém,
Mas fico por aqui!
Com meus pensamentos...
Pensamentos esses,
Que só a noite fria e gelada de hoje sabe,
Que a lua presência
Em minha eterna saudade.

O meu coração está gelado,
Duro de solidão,
Onde já não saiem mais lágrimas,
Apenas escuridão.

Quero encontrar um pouco de luz,
Nesse teu olhar,
Os lábios que eu quero beijar,
Para nunca mais acordar.

Beijos ensanguentados,
Mas cheios de prazer,
De tocar meus nos teus lábios,
Sem mais querer saber.


Minha voz sai muda,
Neste vale de lágrimas,
Mas tenho te a ti, pura...
Sozinhos os dois e mais nada.

Cortes de pele,
Muitos esses...
Dizem as vezes em que chorei por ti,
Sozinho nesta sombra,
Com um sofrimento que parece não ter fim.

Num abismo, negro e frio,
Passam meus dias a fio,
Em que sonhos e desejos,
Me atormentam a alma,
Eu sei que preciso de ir com calma,
Mas não sei mais como suportar.

Dor essa que tem explicação,
Está ela encerrada aqui dentro
No fundo do meu coração,
Onde sinto aquela paixão,
Que pede por ti agora e sempre...

Famílias defuntas

Sofrimento, agonia
Neste vale de cadáveres
Onde larvas fazem crepitar pedaços de carne
Pessoas, famílias agora em decomposição
Corações destroçados, arrancados do peito
Por criaturas horrendas em seus movimentos brutais
Com as garras vagueiam pelo cheiro nauseabundo
Neste lugar de horror e imundo
Onde o som das ondas do mar
É trocado por moscas aos milhares
Que frenéticamente fornicam sobre pessoas mutiladas
Umas mortas outras ainda moribundas
Comidas vivas pelos insectos
Famintos e sedentos
Num crescimento exponensial
Já não há espaço para mais covas
Nem tão pouco, tempo para tapar este vale crepúscular
Onde por cada dia se enche de mais defuntos
Uns desfigurados, outros queimados
O cheiro a carne viva, podre e queimada impera
Há noite seres trevosos se alimentam das almas sofredoras
Atraídos pelo cheiro da carne em putrefação
Eles que na sua eterna maldição
Excluídos pelo tirano
Deus nosso criador e insano
Os proibiu de aceder ao paraíso

O mundo está a dilacerar o meu coração

O mundo está a dilacerar o meu coração!
Pego numa faca observo atento a sua lâmina cintilante num golpe profundo e arrepiante sinto a morte a receber-me vejo-me a esvair em sangue do golpe que recentemente deferi...deixo cair a faca para o chão...no meio da escuridão começo a ver a luz que antecede as próprias trevas e sinto o beijar da morte...com um pouco de sorte caio no chão as últimas palavras que digo de desilusão e a chuva cai forte como minhas lágrimas naqueles dias sem ti...olhos negros e inanimados jazem agora em sangue..não tenho coração mas continuo a sofrer e aqueles que não querem ver a verdade seja por tristeza ou felicidade não vejo igualdade, entre os homens...tu és a luz que ilumina os meus momentos de escuridão...eu caio, eu caio para nunca mais me levantar deste chão gelado..que paz tão grande agora que vi a morte chegar, pegou-me pela mão sem sequer perguntar se aquele lindo anjo que sempre me esteve a olhar era ela que me esperava para depois me acudir no fim do sofrimento quando disse já não aguento, vem me buscar...agora sim, estou com ela...isto por aqueles abraços que não te dei, os lábios que não beijei, as mãos que não dê-mos um ao outro e as palavras que nunca te direi...

Memórias

Memórias de anos culminam hoje nesta dor
Lágrimas que nunca mais poderão ser enchugadas
Acabou,
Não queiras ver o pior de mim...
Acabou,
Chegou o momento de descer, cair dos céus sem mentiras nem véus um caminho sem destino
Vejo tudo cinzento, não sei se aguento
Outro medo,
Outro medo consigo ver,
Toda a gente foge dos seus medos mas eu desta vez não sei se serei capaz,
As pessoas correm e esperam encontrar um pouco de paz, mas raramente encontram
Está a chover,
Água corre como lágrimas sobres estes céus obscurecidos,
Consegues alcançar a Luz?
Sua ilusiva aparência, desilusões..
Por todas as mentiras nos céus
Por todas as lágrimas que chorei,
Hoje já não sei em que acreditar...
Traíram-me pelo meu lado mais fraco,
Os sentimentos...
Está no teu coração
Está na tua alma gravado
As feridas que hoje abertas custam a sarar
Vejo um abismo
Que suga o ar a sua volta
O vento puxa-me
Convida a deixar-me ir...
Porque não vou?
A fria brisa envolve meu rosto como se respirasse,
Tivesse vida própria
Porque não acabo já comigo?
Talvez ainda haja uma centelha de esperança de ser verdadeiramente feliz...
Mas que ilusão,
Ilusão que me mantém vivo e obriga a suportar as memórias do passado
Sozinho caminho por este trilho abandonado que aparece não ter fim...
Algures pelo ar voo em meus pensamentos
Memórias, desilusões, sofrimentos...
Lentamente as garras do medo
Cortam minha pele em pedaços, ferem...
Fazem doer,
Não tanto quanto me doi o coração...
Nunca mais me vais conseguir salvar outra vez...

Sê tu próprio

Sê tu próprio
Mesmo que sejas estranho
Mesmo que sejas bizarro
Diferente dos outros
Sê tu próprio

Não te podes deixar influênciar
Pelo que os outros dizem ou pensam
Ninguém é igual
É mesmo assim
Não te importes com as criticas
Que se fodam os outros
O importante é seres tu
Mesmo que sejas estranho
Bizarro
Mesmo que sejas estranho
O que importa é seres tu
Tal como és
Sem rótulos só para parecer aceitável
Aos olhos dos outros
Não precisas de parecer mais um bem comportadinho
Solta a fúria que há em ti
Deixa-te levar pelo que sentes
Por aquilo em que acreditas
Os outros não gostam?!?
Que se fodam eles
Não gosta não olha
Mas tu, manténs a tua identidade
És o que és
Não te deixes morrer
Não fiques submisso
Aos olhos dos outros
Eles...
Que se fodam!!!
Mesmo que sejas estranho
Mesmo que sejas bizarro
Diferente dos outros
Sê tu próprio...