sábado, 12 de janeiro de 2008

Memórias

Memórias de anos culminam hoje nesta dor
Lágrimas que nunca mais poderão ser enchugadas
Acabou,
Não queiras ver o pior de mim...
Acabou,
Chegou o momento de descer, cair dos céus sem mentiras nem véus um caminho sem destino
Vejo tudo cinzento, não sei se aguento
Outro medo,
Outro medo consigo ver,
Toda a gente foge dos seus medos mas eu desta vez não sei se serei capaz,
As pessoas correm e esperam encontrar um pouco de paz, mas raramente encontram
Está a chover,
Água corre como lágrimas sobres estes céus obscurecidos,
Consegues alcançar a Luz?
Sua ilusiva aparência, desilusões..
Por todas as mentiras nos céus
Por todas as lágrimas que chorei,
Hoje já não sei em que acreditar...
Traíram-me pelo meu lado mais fraco,
Os sentimentos...
Está no teu coração
Está na tua alma gravado
As feridas que hoje abertas custam a sarar
Vejo um abismo
Que suga o ar a sua volta
O vento puxa-me
Convida a deixar-me ir...
Porque não vou?
A fria brisa envolve meu rosto como se respirasse,
Tivesse vida própria
Porque não acabo já comigo?
Talvez ainda haja uma centelha de esperança de ser verdadeiramente feliz...
Mas que ilusão,
Ilusão que me mantém vivo e obriga a suportar as memórias do passado
Sozinho caminho por este trilho abandonado que aparece não ter fim...
Algures pelo ar voo em meus pensamentos
Memórias, desilusões, sofrimentos...
Lentamente as garras do medo
Cortam minha pele em pedaços, ferem...
Fazem doer,
Não tanto quanto me doi o coração...
Nunca mais me vais conseguir salvar outra vez...

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