sábado, 12 de janeiro de 2008

†Lágrimas traduzidas em palavras†

Vivo num lugar
Onde o frio gela o meu coração,
Onde seres fantasmagóricos murcham a mais bonita flor,
Neste mundo tão cinzento
Isento, de paixão,
Onde se me cai, mais uma lágrima no chão.

Só o amor para mim vale a pena,
E esse amor só tu me podes dar,
É frio estar sozinho, neste mundo tão cinzento
Sem o teu carinho eu já não aguento.

Sou uma rosa vermelha,
Ou uma rosa branca tingida de sangue,
A dor, o sofrimento me afligem,
Ao som do violino caiem minhas lágrimas,
Umas lágrimas sentidas mas que caiem sem eco.

Olho pela vidraça
Vejo a lua, minha eterna e fria companheira
De noites a fio a pensar, se neste mundo real,
Ausente de fantasia e esperança,
Alguma vez seremos felizes...

Nas noites frias de inverno,
Me deito com meus pensamentos,
Ó mórbidos pensamentos...
Em minha solidão.

Pelas ruas deâmbulo,
À procura de uma esperança,
Uma luz, neste mundo de sombras
Onde seres trevosos me sussuram aos ouvidos.
Que incompreensão tão grande...

Seres caiem dos céus
Em agonia e desespero,
Sonhos que pensei serem meus,
Serão na verdade um grande erro.

Onde estará a felicidade?
Pergunto eu...
Eu sei aquilo que queria meu,
Mas talvez prefira não saber a verdade.

Ó queridos Anjos,
Não chorem mais por mim,
Vocês que caiem dos céus com o nosso sofrimento,
O mundo sofre e tem de ser assim.
Se ao menos pudesse ser como vocês,
Conseguir voar mais alto,
Tocar quase as estrelas
E pegar uma, para iluminar este mundo tão sombrio...
Ó Anjos, sinto-me tão vazio.

Esse era o meu desafio,
Poder chegar mais além,
Onde foi mais ninguém,
Mas fico por aqui!
Com meus pensamentos...
Pensamentos esses,
Que só a noite fria e gelada de hoje sabe,
Que a lua presência
Em minha eterna saudade.

O meu coração está gelado,
Duro de solidão,
Onde já não saiem mais lágrimas,
Apenas escuridão.

Quero encontrar um pouco de luz,
Nesse teu olhar,
Os lábios que eu quero beijar,
Para nunca mais acordar.

Beijos ensanguentados,
Mas cheios de prazer,
De tocar meus nos teus lábios,
Sem mais querer saber.


Minha voz sai muda,
Neste vale de lágrimas,
Mas tenho te a ti, pura...
Sozinhos os dois e mais nada.

Cortes de pele,
Muitos esses...
Dizem as vezes em que chorei por ti,
Sozinho nesta sombra,
Com um sofrimento que parece não ter fim.

Num abismo, negro e frio,
Passam meus dias a fio,
Em que sonhos e desejos,
Me atormentam a alma,
Eu sei que preciso de ir com calma,
Mas não sei mais como suportar.

Dor essa que tem explicação,
Está ela encerrada aqui dentro
No fundo do meu coração,
Onde sinto aquela paixão,
Que pede por ti agora e sempre...

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