sábado, 12 de janeiro de 2008

Famílias defuntas

Sofrimento, agonia
Neste vale de cadáveres
Onde larvas fazem crepitar pedaços de carne
Pessoas, famílias agora em decomposição
Corações destroçados, arrancados do peito
Por criaturas horrendas em seus movimentos brutais
Com as garras vagueiam pelo cheiro nauseabundo
Neste lugar de horror e imundo
Onde o som das ondas do mar
É trocado por moscas aos milhares
Que frenéticamente fornicam sobre pessoas mutiladas
Umas mortas outras ainda moribundas
Comidas vivas pelos insectos
Famintos e sedentos
Num crescimento exponensial
Já não há espaço para mais covas
Nem tão pouco, tempo para tapar este vale crepúscular
Onde por cada dia se enche de mais defuntos
Uns desfigurados, outros queimados
O cheiro a carne viva, podre e queimada impera
Há noite seres trevosos se alimentam das almas sofredoras
Atraídos pelo cheiro da carne em putrefação
Eles que na sua eterna maldição
Excluídos pelo tirano
Deus nosso criador e insano
Os proibiu de aceder ao paraíso

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