terça-feira, 28 de abril de 2009

Busca Eterna

A esperança tenta ressuscitar-nos
Para a desilusão daquilo que nunca conseguiremos alcançar.
Um pesadelo em que não conseguimos acordar.
Procuramos as respostas que nos mentem,
Uma busca eterna pela compreensão da verdade
Sem nunca encontrar serenidade...
Acabamos todos por perder o significado do amor
Quando no fim, só nos resta solidão e dor.
Escondidos do tempo, mas perseguidos pelo passado
Que construimos dolorasamente, segundo a segundo, em vão, bocado a bocado...
É vaga a felicidade e cortante a tristeza
Sangrando a incerteza, do que nos espera
Nesta busca eterna pela verdade.

domingo, 26 de abril de 2009

O Sopro

É uma noite de escuridão
Uma música de solidão
O vento uiva a sua dor.
A alma desperta...

A morte leva-a a caminhar
No seu medo eternamente.

O longo cabelo negro caí sobre
Os seus ombros pálidos, saciando-se com o sangue
Que escapa dos seus lábios negros de sede.
Uma noite de êxtase,
Em que eu me lembro de sorrir vagamente.

sábado, 25 de abril de 2009

Era eu...

Era eu a chama que presenciava toda aquela escuridão,
A tua escuridão...
Vivo ou morto deixava-te sofrer
Mesmo nas noites de brisa acordada
Pensando tu estar sozinha
Eu olhava por ti
Contemplando as sombras nocturnas
Cantava-te poemas de amor e saudade
Era eu que mantinha aquela rosa congelada para ti
Era eu que protegia as tuas lágrimas salgadas
Era eu a presença que invadia a tua solidão
Todas as noites...
Como uma doce brisa calada...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Cintilar das Estrelas

Olho o céu
Brilhando as nuvens
Sob a luz do sol que se põe
Choro com a beleza do universo
Os tons ondulados de azul
O cintilar das estrelas
Que formam as gálaxias vizinhas
Neste meu olhar terreno
Uma perspectiva limitada do infinito
Mas que ainda assim se demonstra imponente
Através deste tão pequeno ponto da existência universal
Como é belo o rasgar da noite
Permanecendo as órbitas em silêncio
E um ser tão pequeno como eu
Rejubilando de união com a sua presença.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Memórias Que Ressoam

Memórias que ressoam
E me deixam confuso
Olho em volta
Já não sei onde estou
O que sentias simplesmente abalou
A tristeza abate-se agora sobre mim
Esta paranóia que me pressegue...
Tempo devolve-me a minha flor!
De mãos atadas vi suas pétalas caírem
E depois secarem neste chão de areia
Onde tentei enterrar as mãos
Esconder-me deste sol incandescente
Que nos queima por fora e por dentro
Sufocado pelas dúvidas que se esbatem no céu
Provoca a precipitação tempestuosa
Das minhas nuvens de lágrimas
Os olhos fecham
A boca cala-se
Sem antes pronunciar
Aquela palavra em segredo
Que jamais ouvirei da tua doce voz.