quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Abismo

Neste abismo
Só vislumbro cinzas
E arco-íris de areia...

Silencioso Senão

Em decadência
Tão frágil
Tão perene
Inconstante talvez
Mais que uma vez
Seja luz moribunda ou destruição
Luto sem emoção
Morto andante
Cabisbaixa tristeza
Silêncioso senão
Náusea, desespero da incerteza
Atingido pela inércia
Arrasto o corpo
Ou simplesmente arrastado pelo vento
Como folha de outono
Encontrada fora de estação
Inútil vagueio
Nas minhas ilusões
Quando penso estar acordado
Estou na realidade a sonhar
Quando penso estar iludido
Realmente desperto a vaguear.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Adeus

Porque te deixas assim tão só?...
Sofres calado...
Tentas libertar-te dessa dor
Infligindo ainda mais dor.
Porque te escondes na sombra?...
Que receias? Que temes tu viver?
Porque te prendes a esses pensamentos desoladores?
Guardas para ti tantas dores.
Porque gostas de ser assim? Que ganhas tu com isso?
Nada na vida parece ter algum fascínio.
Porque te vês assim derrotado?
Já nasci de pés virados para a cova.
Nascemos todos...
De que te adianta lutar contra o inevitável?
Tens um mundo todo para viver...
O mundo é todo ele uma sepultura
Porque és tão pessimista?
Apenas não quero viver mais uma ilusão.
O que pretendes com tudo isto afinal?
Espero a morte,
O vazio e o silêncio hão-de finalmente chegar...
Entretanto faço o que me compete fazer.
Um dia, nada disto terá realmente importância pois não?
Se é que alguma vez teve...
Adeus.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Rosa de Amor

Rosa vermelha de amor,
Tanto me fazes sorrir como chorar
Igualmente me magoas como acaricias.
És vermelha de paixão...
Doce como os beijos,
Mas também um dia murcharás,
As pétalas caírão secas como as minhas lágrimas geladas,
Manchando o chão negro de vermelho por ti...