sábado, 17 de maio de 2008

Murmúrios Sombrios

Murmúrios sombrios
De criaturas trevosas
Provindas do abismo sufucante
De onde a terra agoniza em aflição
Nesta catedral elevada sobre as trevas
Em que flores murcham com o gás toxico
Que sai das entrenhas da terra
E sangue parece cair em vez de chuva
Alimentado árvores enegrecidas pela escuridão
Nuas de vida e esperança
De um dia alcançarem a luz do sol
Que é encoberto por nuvens cinzentas
Numa camada densa pairando sobre os céus
Gritos de dor e sofrimento humanos
Mostram a crueldade deste lugar
Em que nem penetra a luz do luar
Tudo é escuridão
Há fome, morte e podridão
Gemidos, torturas sem fim

Olho para cima
E vejo anjos caindo
Gritando e chorando
Por terem sido banidos dos céus
Agora condenados
Com o mesmo destino que nós humanos
Neste terrível lugar
Amaldiçoado para sempre
Onde toda a eternidade não parece chegar
Para ferir e impedir
Estas delicadas criaturas de cantar
Morrer não é acabar com o sofrimento
Onde a dor nos segue para os confins do universo
Habitando um deus que parece ser cruel
E nos condena para sempre no abismo
Um lugar frio e solitário
Em que a única esperança é um dia acordar
Deste pesadelo que parece não ter fim.

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