quinta-feira, 8 de maio de 2008

Memórias

A noite trouxe a calma
Que o dia infernizou
Deito-me neste chão de pedra
Fecho os olhos e sinto uma flor
Vejo uma flor e até consigo cheirá-la
Uma rosa vermelha
Cor de sangue, cor de vida e de paixão
Ela não existe senão na minha mente
Foi o meu sonho que a criou
Não passa de ilusão, memórias e confusão
Dor e mágoas do coração
Mistérios reinam esta vida
E muitos mais a morte
Sentimentos de vazio e solidão
Invadem cada coração
Consomem a alegria e sentido de viver
Fazem-nos querer morrer
As sombras que nos confundem e envolvem o ser
Fazem-me desistir de tudo à minha volta
Mesmo que seja sem querer
Feridas teimam em aparecer
Feiticeiros da noite
Concedam-me os mistérios do mundo
A minha identidade, amor e felicidade
Espíritos da natureza devolvam a beleza
A confiança e a certeza de uma vida sem sofrimento
Deixem-me acordar deste sonho onde se vive para sempre
E a dor não acaba nunca
Quero paz e descanço
É isso que não alcanço.

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