segunda-feira, 12 de maio de 2008

Céu Cor de Sangue

Eu vejo o céu cor de sangue
Sinto o cheiro a terra ressequida e estéril
Gritos de espanto e horror
Corpos em putrefação e fedor
Enfeitiçam a luz da lua neste cemitério sombrio
Onde até os esqueletos tremem de frio
O nevoeiro encobre os nomes
Daqueles que jazem aqui
Mas não estão em descanço
Árvores negras de troncos nus
E aves nocturnas que chamam os mortos
Enaltecidas são as criaturas das trevas
Por mais uma noite sombria e gelada
E a memória do dia apagada
Para sempre das mais profundas memórias.

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