sábado, 20 de setembro de 2008

Algo meu, triste...

Só vejo escuridão à minha volta
Neste vale coberto por um manto de neve
E sinto as nuvens passarem
Fundindo-se com o nevoeiro que varre
E me corta arrastado pelo vento forte
Despido de mim mesmo
Confrontando esta tristeza que me abala
E o riacho que nunca mais se cala
Moendo este solo pontíagudo sem fim
Caminho descalço sobre esta rocha cortante
Vejo um destino desolador
Acompanhado constantemente pela dor
Em silêncio a guardo
Preferindo não partilhar
Algo meu, triste que prefiro isolar
Se os meus olhos falassem tudo o que sei
Tudo o que sinto enquanto contemplo esta noite gelada
O mundo ficaria cinzento e sugada toda a vida
Toda a cor e alegria de viver
Todos caminhariam amaldiçoados para sempre
Simplesmente porque não existe esperança no meu coração.

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