domingo, 13 de julho de 2008

Lâminas Da Libertação

Deixado para trás no tempo
Sinto o meu ser aprisionado
Ao que deveria ter sido
E agora vejo acabado

Lâminas da libertação
Sujas de mim e do tempo
Meio de ilusão
Alivio,
Ostentação
Como fogo que queima
Num cintilar incandescente
Doloroso
Perfeito
Deslizando numa dor delicada
De um interior ferido
Desprezado e em agonia
Para terminar uma incompreensão
Um buraco negro na minha sanidade mental
Como um cancro que cresce
Espalhando-se para contaminar
O resto do meu ser
Um cancro que precisa de ser eliminado
Para travar o seu avanço
Um avanço doloroso
Que faz-me sentir a dor a abraçar-me
De todas as partes inimagináveis
E de tudo o que me atinge
Com uma intensidade insuportável, incontrolável
E agora condensada em todo o meu redor
Numa percepção de infinidade e tempo ilimitado
Agora distorcido pelo êxtase do sangramento
Que vem de fora e já antes derramava por dentro.

Sem comentários: