segunda-feira, 21 de julho de 2008

Cova Sentimental

Dá-me a tua mão
Toca-me com os dedos
Não consigo alcançar mais
A distância não o permite
Eu quero-te mas não chego
Quero estar mais próximo de ti
Ter o teu aconchego
Sentir-te aqui
Mas a impiedade exterior
Coloca-nos neste horror
Grita a minha alma
Por mais um momento contigo
Os meus sentidos atordoam-se
Por mais um tempo na tua ausência
Os teus carinhos 
Agora, minha carência
Entro numa cova sentimental
Lapidada por mim próprio
Deixado para trás sozinho
Sem atenção de alguém 
Que me queira bem
Desencaminhado para sempre 
Nesta maldição
Deâmbulando para a solidão
Ofuscado pela luz
Semicerro os olhos sem ver
Até os confins do vazio 
Para me perder.

1 comentário:

Pedro Silva disse...

Espectacular!!! Continua assim, brother!
Por k raio é k ainda n publicaste um livro?