sábado, 8 de novembro de 2008

Chove-me na Cara

Chove-me na cara
Chove-me no corpo
E a chuva desliza-me pelo rosto
Frio e gelado
Frio pelo tempo passado
O sino da Igreja toca imemoriável
As nuvens se fecham e o sol é esquecido
Caindo lágrimas pelo que foi sofrido
O escuro e gelado de trevas
Enaltecem-me o lado da escuridão
O ódio que sei ter de ante-mão
Que exprimo em cada olhar
Noutro ser com que me cruzar
Vocalizações de dor e frustação
Escapam-se de mim ruidosamente
Um apelo aos vultos que me rodeiam
E sugam a minha esperança
Que tento semear todos os dias
Mas que definha quando nasce a noite
E morre o dia...

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