sábado, 14 de junho de 2008

Liberto as Lágrimas

Liberto as lágrimas
Pela perda da inocência
E ter entrado nesta demência
Que é viver na realidade
Abandonando a confortável fantasia
Sinto a dor do mundo sobre mim
Rebaixando-me para as sombras
Onde os espíritos do sofrimento deâmbulam
Como vultos da alegria que nunca tiveram
Como podem ser as pessoas felizes
Num mundo cheio de cicatrizes
Onde há mortes, fome e vidas infelizes
Eu não quero ser assim
E fechar os olhos à miséria deste mundo
Congelando o coração para sempre
Como pode haver seres humanos consumindo outros
Enaltecendo-se sobre as sombras dos que sofrem
E sugando agonizantes a esperança de viver.

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