domingo, 3 de agosto de 2008

Pedras Caídas

Sento-me a contemplar
Esta velha casa quase a cair
Tentando recordar
Mas o sentimento parece fugir
Momentos de infância
Gravados nestas pedras caídas
Uma família outrora grande
Agora mais reduzida
O carinho de uma avó
E avô já passados
Por aqueles que já partiram
E sem dúvida amámos
Hoje decidido a enfrentar
O passado e honrar
A vossa existência ao pé de mim
Neste abandono sem fim
Mas a esperança parece enganar
A racionalidade desta vida
Fantasiando a morte
Vê-la como ponto de partida
Para uma outra 
E ilusória existência vivida
Gravada para sempre 
Nesta velha casa caída.

3 comentários:

DeviLuTi0n disse...

Que poema tão bonito. Sim esses amamos mesmo com certeza, mas a vida segue sempre o seu curso e atraiçoa-nos. Mais uma vez secalhar podemos ver , tal como tu disseste que a morte é apenas uma passagem para algo mais e talvez melhor.

bjinhos**

Anónimo disse...

Este poema foi um dos que mais gostei de ler. trouxe à memória vários momentos que guardo com carinho e também memórias de pessoas que adoro ^^

Excelent!!!

Beijinhos***

Pedro Silva disse...

Cult of the ancestors!
E viva o paganismo!!

Poema 5*