quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Minha Própria Maldição

Sento-me no canto mais alto, no canto mais escuro e calmo que puder encontrar.
Para sentir o silêncio da noite, o luar.
Na companhia das estrelas e das memórias que assolam a minha mente.
Um túmulo de emoções que tento esconder.
Outras eliminar com um simples cortar nesta minha incapacidade de chorar.
Porque às vezes me sinto tão fraco e impotente perante as situações que se me passam pela frente?
E que eu sinto falhar, talvez espere demais de mim próprio.
Se calhar ainda não realizei que no fundo sou humano.
No fundo sou uma criatura como tantas outras, frágil, desprotegido e insano...
Se eu posso mudar o meu futuro?
Posso sim, mas isso depende só de mim? Não...
Há outros factores em jogo, outros dados fora do meu alcance.
É por isso que me sinto impotente perante o meu próprio destino que apesar de ser seu criador, poder modelar o mundo que me rodeia e o meu interior, não sou de todo seu dono.
Porque perco mais do que conquisto neste lugar tão estranho...
Tão alheio aos meus anseios e tão imparcial à minha dor...
Porque será que tenho consciência de mim e do meu ser? Quando isso no fundo é o sinónimo de dúvidas, insegurança e sofrer? Porque nasço se depois tenho de morrer? Qual a lição, qual o objectivo de ser um ser pensante quando isso me leva à auto-destruição? Ignorância é felicidade, é estar protegido contra os espinhos do mundo que nos cravam bem fundo.
Porque não termino já com este constragimento neste preciso momento? Porque será que sinto que há algo que me repele a continuar, sentir de novo e olhar à minha volta, procurar o desconhecido e inseguro, fora do que a sociedade nos impõe para o obscuro?
Porque me questiono tanto... Sinal de inteligência? Ou será antes frustação e demência?
Sentir um vazio, uma ausência... Uma necessidade de preenchimento, para terminar este tormento...
E no fundo penso se valerá a pena sentir a proximidade da morte nesta vida que é no fundo a sua essência...
Pois a vida é o risco de ter a morte tão perto, é sentir essa barreira, tão ténue, tão certa e ligeira...

4 comentários:

Pedro Silva disse...

Uma boa razão para n terminares já com esse constragimento é as belas das canecas k vamos beber e o rotten' roll k vamos ouvir quando nos encontrar-mos!!!!

DeviLuTi0n disse...

Outra sou!

Eu sei, eu sei que ando muito humilde!=P

DeviLuTi0n disse...

*Outra sou eu!

Anónimo disse...

Adorei!!!! Muito bom... no words ^^
Adoro a tua escrita e este é mais um dos meus favoritos, um dos melhores que escreveste****