Mais uma noite, escura e fria.
Mais um momento de solidão e tristeza.
Penso na minha deusa encantada.
No meu amor…
Perco-me mais uma vez no entorpecer dos sentidos iludido com a sua luz, os seus olhos hipnotizadores o seu perfume adocicado e mortal.
Sonho com o seu jeito delicado, com as suas feições pálidas como lua e o seu canto como o choro da solidão e o sangue que desejo brotar dos seus pulsos directamente para os meus lábios sedentos de sangue, sedentos de paixão e conforto.
Perco-me no brilho dos seus cabelos longos que pendem com o seu andar deambulante e misterioso.
Apático assisto à sua presença avassaladora, aos seus lábios cheios e vermelhos como o desejo que ela me desperta.
Deitados sobre a campa fria de medo, fria de morte, os nossos corpos resplandeceram com uma luz especial, com um calor só nosso que partilhámos com aquele lugar silenciado com a presença dos mortos, que outrora amaram, sofreram e sentiram a dor do último suspiro a dor da solidão e do abandono eterno.
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