Bruxa dos 3 dedos...
Caminhas sobre as folhas molhadas
Num véu de escuridão
Bruxa dos 3 dedos...
Invocas o dragão vermelho
Mãe primordial
Deuses esquecidos do passado
Bruxa dos 3 dedos...
O teu poder é invisível
Só se ouvem murmúrios
Dentro do eco dessa caverna
Onde gotas marcam o tempo
Bruxa dos 3 dedos...
Invocas a tua vontade
Contemplas os mistérios
Ouves o crepitar das chamas
Bruxa dos 3 dedos...
Senhora da floresta
Senhora da noite
Contemplas a morte
Ceifas a vida
Bruxa dos 3 dedos...
Coleccionas perfumes peculiares
Cheiros e aromas pútridos
Criaturas embalsamadas
Remédios agonizantes
E ervas venenosas
Bruxa dos 3 dedos...
Invejas o amor
Cospes sobre a alegria
Amaldiçoas os apaixonados
A chuva cai
Noite após noite
A tua única companhia?
Ratos, aranhas, baratas
Fogem para o buraco
Onde escutas a chuva lá fora.
Bruxa dos 3 dedos...
Cobiças os jovens belos
Cobiças o amor
Cobiças o desejo
Cobiças a ingenuidade e a esperança
Para onde olhas
Só vês amontoados de ossos
Sobre os rostos jovens
Vês um futuro enrugado, doença, morte.
Bruxa dos 3 dedos
Colhes musgos e algas negras
Borbulhas poções lamacentas
Buscando a beleza que invejas
Na juventude vês uma máscara
Para atrair aquilo que desejas
Bruxa dos 3 dedos...
A tua respiração é pesada
O teu olhar trémulo
A tua presença, um vulto
Uma sombra fria e podre
Bruxa dos 3 dedos...
O teu buraco é ódio
Dormes com os vermes
Repudias a luz
Bruxa dos 3 dedos...
quinta-feira, 28 de julho de 2016
terça-feira, 7 de junho de 2016
O Que Procuras
O que procuras são reflexos,
Quem procuras é a ti mesmo.
Pois o vazio que sentes, é o vazio de ti.
Não procuras quem te completa,
Mas sim quem te aceita.
E o segredo está em aceitares-te,
Mesmo antes que alguém o faça por ti.
Quem procuras é a ti mesmo.
Pois o vazio que sentes, é o vazio de ti.
Não procuras quem te completa,
Mas sim quem te aceita.
E o segredo está em aceitares-te,
Mesmo antes que alguém o faça por ti.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Your Eyes
I can´t see any life in your eyes. They are empty as a deep hole... No soul... No hope... A blue ice cold...
You just live, almost without life-force inside you...
I hear little whispers calling from within... A suffering of ages condense in a body, delicate and fragile, as the leafs that fall by winter breeze.
A struggle to wake up each day and to wonder each night. The stars and the moon are your only guides in this cold sky.
Death, your beautiful goddess.
I don't know if you see your own beauty, your pale face reflected in this distorted lake.
I see it each time I get stuck by your gaze... Knowing that blood and flesh can gives us comfort, but even that will perish and rot, only dry bones left through time, so I can visit you again, each full moon, getting out of my grave to let you a windy kiss...
You just live, almost without life-force inside you...
I hear little whispers calling from within... A suffering of ages condense in a body, delicate and fragile, as the leafs that fall by winter breeze.
A struggle to wake up each day and to wonder each night. The stars and the moon are your only guides in this cold sky.
Death, your beautiful goddess.
I don't know if you see your own beauty, your pale face reflected in this distorted lake.
I see it each time I get stuck by your gaze... Knowing that blood and flesh can gives us comfort, but even that will perish and rot, only dry bones left through time, so I can visit you again, each full moon, getting out of my grave to let you a windy kiss...
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Amor de Ilusão
As pessoas criam projecções, uma compilação de coisas boas sobre o outro.
Não amam o outro na sua totalidade, amam a projecção, amam a sua própria ilusão, uma imagem que criaram.
Quando o encantamento desaparece e a compilação de defeitos começa a ser construída, e existe apego a esta, aí os problemas começam. O outro é apenas defeitos. Qualquer desafio serve de ponta solta para uma discussão, para o sofrimento.
Esse sofrimento vem da ilusão. O que era céu e paraíso se torna inferno. A relação se degrada. Portanto quando se ouve a palavra, "amo-te", "gosto de ti". Cuidado... Não me amas.
Amas a projecção que tens de mim. Porque se é um verdadeiro desafio para mim próprio(a) conhecer o meu verdadeiro eu, sem condicionamentos, sem parcialidade. Como podes tu achar que me conheces?... Conheces sim. Mas só conheces aquilo que é falso. Conheces a projecção de mim para ti e de ti para mim. Mesmo que procures a colectividade para reafirmar esse pensamento e solidificares as tuas crenças.
Se nem tu que vives de perto sabes quem eu sou (e nem sabes quem tu és), como poderão os outros que escutam de longe saber do que falam?...
Não amam o outro na sua totalidade, amam a projecção, amam a sua própria ilusão, uma imagem que criaram.
Quando o encantamento desaparece e a compilação de defeitos começa a ser construída, e existe apego a esta, aí os problemas começam. O outro é apenas defeitos. Qualquer desafio serve de ponta solta para uma discussão, para o sofrimento.
Esse sofrimento vem da ilusão. O que era céu e paraíso se torna inferno. A relação se degrada. Portanto quando se ouve a palavra, "amo-te", "gosto de ti". Cuidado... Não me amas.
Amas a projecção que tens de mim. Porque se é um verdadeiro desafio para mim próprio(a) conhecer o meu verdadeiro eu, sem condicionamentos, sem parcialidade. Como podes tu achar que me conheces?... Conheces sim. Mas só conheces aquilo que é falso. Conheces a projecção de mim para ti e de ti para mim. Mesmo que procures a colectividade para reafirmar esse pensamento e solidificares as tuas crenças.
Se nem tu que vives de perto sabes quem eu sou (e nem sabes quem tu és), como poderão os outros que escutam de longe saber do que falam?...
Arrependimento
Preocupar é uma perda de tempo.
Como o nome indica é pré-ocupar!
E o arrependimento... Esse demónio danado...
Uma perda de tempo se nos corroemos com ele.
Mas também um bom professor, uma boa estalada para acordar.
Eu nem sempre me dou ao luxo de perder o meu precioso tempo com o arrependimento.
Mas quando o faço, por acasos da vida, parece que o mundo me cai em cima.
Todos aqueles medos e ansiedades que mergulham nas profundezas, aqueles sim, que todos os dias
evitamos a todo o custo, camuflamos, perfumamos com superficialidades e até outros comportamentos
auto-destrutivos, fugindo de nós, fugindo da reflexão, pois olhar para dentro, por vezes
pode ser doloroso. Surgem para nos assombrar.
Podería ter feito de maneira diferente?
O que teria mudado?
O arrependimento é um demónio sorridente e frio.
E as consequências dos nossos actos, causa-efeito, karma, como quiserem chamar.
são os lembradores que nos acordam do sono profundo e nos mostram da pior forma, aquilo que fizemos.
É então que pensamos que talvez não tenha sido tão boa ideia.
Podería fazer uma lista infindável de arrependimentos, Coisas que fiz e que deixei de fazer, que me incomodam.
Coisas para comigo, para com os outros, atitudes, pensamentos e até esquecimentos.
É nesses momentos que observo que uma parte de mim grita por socorro, por raiva e medo.
Um lado que todos temos, que nem sempre se manifesta, ou que pelo menos, nem sempre gostamos de admitir.
Tentamo-nos sedar das mais variadas formas para fugir a nós mesmos.
Sim, nós somos um todo, não apenas o mais bonito, ou socialmente aceitável ou até aquilo que gostamos
apenas de sublinhar como fazendo parte da nossa personalidade.
Porque há infindáveis espaços e gavetas de nós mesmos que fechamos à chave e não mostramos sequer ao amigo mais íntimo.
Há coisas que simplesmente são destruição. E se gostamos tanto de nos gabar, como humanos que somos,
da capacidade que temos em criar, amar, respeitar, ouvir, compreender. Também sabemos que no fundo,
temos a capacidade para fazer o oposto, ou pelo menos de o reprimir.
Como o nome indica é pré-ocupar!
E o arrependimento... Esse demónio danado...
Uma perda de tempo se nos corroemos com ele.
Mas também um bom professor, uma boa estalada para acordar.
Eu nem sempre me dou ao luxo de perder o meu precioso tempo com o arrependimento.
Mas quando o faço, por acasos da vida, parece que o mundo me cai em cima.
Todos aqueles medos e ansiedades que mergulham nas profundezas, aqueles sim, que todos os dias
evitamos a todo o custo, camuflamos, perfumamos com superficialidades e até outros comportamentos
auto-destrutivos, fugindo de nós, fugindo da reflexão, pois olhar para dentro, por vezes
pode ser doloroso. Surgem para nos assombrar.
Podería ter feito de maneira diferente?
O que teria mudado?
O arrependimento é um demónio sorridente e frio.
E as consequências dos nossos actos, causa-efeito, karma, como quiserem chamar.
são os lembradores que nos acordam do sono profundo e nos mostram da pior forma, aquilo que fizemos.
É então que pensamos que talvez não tenha sido tão boa ideia.
Podería fazer uma lista infindável de arrependimentos, Coisas que fiz e que deixei de fazer, que me incomodam.
Coisas para comigo, para com os outros, atitudes, pensamentos e até esquecimentos.
É nesses momentos que observo que uma parte de mim grita por socorro, por raiva e medo.
Um lado que todos temos, que nem sempre se manifesta, ou que pelo menos, nem sempre gostamos de admitir.
Tentamo-nos sedar das mais variadas formas para fugir a nós mesmos.
Sim, nós somos um todo, não apenas o mais bonito, ou socialmente aceitável ou até aquilo que gostamos
apenas de sublinhar como fazendo parte da nossa personalidade.
Porque há infindáveis espaços e gavetas de nós mesmos que fechamos à chave e não mostramos sequer ao amigo mais íntimo.
Há coisas que simplesmente são destruição. E se gostamos tanto de nos gabar, como humanos que somos,
da capacidade que temos em criar, amar, respeitar, ouvir, compreender. Também sabemos que no fundo,
temos a capacidade para fazer o oposto, ou pelo menos de o reprimir.
Caminho Para O Nada
O caminho para o nada.
Vivemos hipnotizados por esta sensação de individualidade.
Este sentimento de separação.
Este nó que se extende entre o rosto e o peito.
Cassetes que se repetem para si... Eu sou importante; os meus problemas, os meus prazeres, as minhas ações,
aparências... Prazer não é o mesmo que felicidade.
Vivemos hipnotizados por esta sensação de individualidade.
Este sentimento de separação.
Este nó que se extende entre o rosto e o peito.
Cassetes que se repetem para si... Eu sou importante; os meus problemas, os meus prazeres, as minhas ações,
aparências... Prazer não é o mesmo que felicidade.
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